7 de out. de 2023
contos e encantos: contos e encantos: Calma, Mundo
Saúde Global
Contos e encantos destaca a encantadora vida, e a extrema importância mantê-la saudável. É indiscutível o momento delicado o qual o mundo está vivendo, temos a impressão de que o próprio universo sofre com problemas psíquicos provocando uma onda de instabilidade emocional. Esse descontrole que avança em todas as camadas sociais e por muitas vezes nos surpreende, tem a marca do preconceito assinado por aqueles que se envergonham de procurar ajuda, para não demonstrar fragilidade pessoal.
O universo danoso das
críticas, bullying, e exposição pessoal, alavanca assustadoramente o problema e
força algumas pessoas sofrerem no anonimato, quando na realidade a maior fraqueza
é fugir da existência da doença, com vergonha de procurar a cura.
Os tempos são outros,
quantos milhões de pessoas usam próteses aparentes, aparelhos auditivos,
óculos, e muitos outros meios para continuar vivendo; torna-se urgente e necessário
buscar ajuda no âmbito da saúde mental. Essa
doença silenciosa destrói o corpo físico e invade a alma, e a dor é de todos.
O mundo exige interação e
integração social como alternativa inicial para encontrar a cura e restaurar a
saúde global. A luta é coletiva, quem se excluir desse movimento prestará um
desserviço a humanidade, e consequentemente destruindo os sonhos de muitas
famílias.
É tempo de resgatar a vida
e ativar a consciência, chorar ou sorrir vai depender muito da ação solidária
de cada pessoa, a responsabilidade é social e ninguém ficará de fora se
realmente estiver consciente da globalização. É desaconselhável experiencias
individuais para cura do problema, precisamos contar com a ciência e seus
profissionais, lógico que não descartamos a fé, mais existe um dizer antológico
“faz a tua parte que te ajudarei”, portanto, fé, ciência e solidariedade, é um
trio quase perfeito para solucionar a maioria dos problemas da humanidade,
inclusive restaurar a saúde global.
“O conhecimento é um farol
na escuridão”
Antônio Lopes Bezerra
contos e encantos: Calma, Mundo
30 de set. de 2023
Os Olhos da Caveira
Um homem entrou em uma densa floresta para fotografar árvores mortas, ou envelhecidas, geralmente elas têm aparências reveladoras e mensagens a quem tiver sensibilidade de entender. Depois de alguns minutos embaixo da copa verdejante, parecia que a noite nascia mais cedo naquele lugar; tirou do bolso um pequeno relógio de prata que recebera de presente de sua filha, e verificou o tempo.
Era a hora enigmática e misteriosa em que muitos postais se abrem, dezoito horas, os ponteiros de braços abertos pareciam um convite ao tempo. Viu uma árvore gigantesca e armou sua tenda embaixo dela, o vento frio que balançava as árvores se assemelhava a neve quando cai sobre os picos dadas colinas, e ele resolveu apreciar aquele fantástico momento que a natureza lhe oferecera.
O claro da lua começou a iluminar o lado oposta à sua tenda e ele foi até lá fotografar os desenhos das sombras. Algo com aparência de uma pequena bola branca chamou sua atenção; ao se aproximar avistou uma caveira em cima de um tronco, de tão branca e de ossos polidos pelo tempo, parecia um boneco de neve. Chegou bem pertinho e ficou impressionado com o que via.
As mãos esqueléticas um pouco acima dos ombros, seguravam dois olhos com a negritude de um corvo e terrivelmente assustador de vivos e brilantes. O homem com uma lanterna ilulminou os globos oculares em em ambos ainda haviam vetigios de lágrimas; o que explicaria aquela caveira com os olhos intactos, puro mistérios.
Voltou para a tenda mas não conseguiu dormir, a meia noite um grito de terror quebrou o silencio da mata, ele abriu um pouquinho a tenda, e viu um pássaro gigante substituir os olhos da caveira; ele decidiu ir ao encontro do pássaro e ignorando a lógia perguntou; o que isso representa?
-Esa caveira passou a vida inteira olhando seus próprios problemas, sem nunca tirar um tempinha para ver o mundo do jeito que é, insano, egoísta e desigual.
Ela também não foi diferente, poderia ter vivido seu próprio mundo e ainda teria contibuído para bons momentos de muitos outros seres. Agora seu castigo, é esperar que o mundo adquira uma visão solidária para que ela possa viver em outra dimensão.
Os olhos que vêm o mundo eu os tragos todas as noites para ela, mas quando os recebe grita de desengano, a cada dia a maioria olha apenas para si, e não consegue enxergar o imensurável universo das diferenças, para depois fazer um análise sensato de seu próiprio mundo. Por isso ela grita: não tem previsão de liberdade, tal qual a todos os que estão presos em seus inconscientes mundos, e a maioria pederá até morrer sem viver o que a vida lhe oferece.
“O conhecimento é um farol na escuridão”
Antônio Lopes Bezerra
27 de set. de 2023
contos e encantos: Vença a Depressão
25 de set. de 2023
O andarilho do deserto
Certa vez um andarilho escolheu o deserto para ser a sua próxima base de aprendizado, caminhou bastante nas areias escaldantes, e quando os pés estavam cheio de bolhas parou para descansar um pouco. Pensou em armar a tenda, mas o vento soprou no solado dos pés aliviando um pouco as dores, então decidiu andar mais alguns quilômetros, enxugou o suor do rosto e seguiu.
A noite lhe servira de alívio, a aragem amena varria a areia que aos poucos resfriava a terra. Órion estava tão visível que parecia um guerreiro vivo olhando para a terra, é hora de parar, armar a tenda, e conversar com as estrelas. À noite parecia estar com presa e logo amanhecera o dia com desenhos avermelhados provocados pelos raios do sol.
Bem distante uma silhueta de deslocava lentamente, e só depois de alguns minutos chegou à tenda do andarilho. Visivelmente abatido e lamentando muitas dores; resmungou; amaldiçoado deserto, o vento levou as minhas sandálias, e o calor torrou meus pés, e em seguida perguntou: também está perdido?
-Não, escolhi esse lugar para meditar em paz.
-Paz no deserto? O sol deve ter derretido seus miolos, isso aqui é o inferno. O andarilho pegou uma pequena moringa e derramou água fria nos pés do estranho, tirou da sacola um par de sandália macias e o ofertou. O estranho olhou para os pés do andarilho e disse vai precisar delas, nem entendi por que não as usou, e como ainda consegue andar.
-Aprendi a caminhar no deserto, e posso voltar pelo mesmo caminho por onde passei, sem receio de pisar em algum espinho.
-Agora entendo, o vento abandonou as minhas sandálias a poucos metros de distância, mas tive medo de voltar. O que você me aconselha para perder o medo?
-Fazer o que você tem consciência que deve ser feito, e amar a você como se fosse ao próximo, assim tudo ocorrerá dentro das leis universais. Doe amor, mas não doe a vida, cada um suporta o peso de sua cruz, e jamais teremos sabedoria para entender o propósito de cada vida. O único que doou a vida, escolheu fazer o sacrifício por todas as pessoas, amou incondicionalmente o que é quase impossível aos humanos.
Seja solidário, mas não se julgue responsável por problemas alheios, ao fazê-lo vai gerar uma expectativa exagerada e humanamente insuportável, e depois as consequências serão devastadoras, aprenda a caminhar descalço para saber o quão resistente você é. Ame a você para conseguir amar aos outros, desprenda-se do peso excessivo, você também tem só uma vida, e precisa vivê-la.
"O conhecimento é um farol na escuridão"
Antônio Lopes Bezerra
Contos e Encantos: O Andarilho, a Estrela, e o Deserto
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