Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de dezembro 25, 2022

A Inteligência do Silêncio

  A inteligência do silêncio rege a mais absoluta presença do nosso controle emocional, e seu efeito é algo extraordinário, mas na maioria das ocasiões sua ausência é tão sentida que chega a ser cômico.  Eu mesmo já quebrei o silêncio com palavras inadequadas ao momento, e quando cheguei em casa me envergonhei, calado eu teria falado muito mais. Fui a um velório, abracei um amigo que havia perdido a mãe, e perguntei, tudo bem? E ele disse, sim, coisas da vida. Quanta insensibilidade da minha pessoa, abraçar alguém que perdeu a mãe, e fazer uma pergunta desse tipo. E mais surpreendente ainda foi a reposta dele, naquele momento um abraço sem palavras, seria a presença da inteligência do silêncio. Em uma visita hospitalar, na cama uma senhora contando as horas para se livrar da dor, a presença de parentes e amigos, e a certeza de que ela morrerá. Uns choram, outros comentam como fica a filhinha de seis anos, e alguém vai até a cama abraça aquela mãe nos momentos finais da vida, e diz: Cal

O Anjo da Guarda

  Era uma vez um casal que tinham dois filhos, e com muito sacrifício tiveram o prazer de vê-los formados em medicina. Houve um concurso para diretor geral de um hospital, com um salário muito atrativo e ambos se inscreveram, um ficou em primeiro lugar e o outro não apareceu  nem na lista dos classificados. Infelizmente a cultura de aplaudir os melhores e  ignorar os motivos dos insucessos dos outros, é uma prática bastante conhecida. A partir do resultado do concurso o rapaz que obteve sucesso teve um tratamento diferente, e muito embora fosse normal o reconhecimento pelo objetivo alcançado, cometeram uma grande falha em não motivar o outro, dirigindo atenção única ao vencedor Ao contrário sempre questionavam e pediam para ele ver o irmão como um exemplo positivo. O outro assumiu a direção do hospital, mas a cada dia ficava mais triste. Chegava do trabalho, conversava pouco e alegava cansaço. Sentia a dor do irmão, e não sabia até quando ele suportaria aquela situação. Em uma madrugad

Lua Cheia

    Noite de lua cheia, parecia um convite para um passeio noturno por entre as grandes árvores da floresta, me aventurei a entrar e a minha recepção foi ver uma linda coruja em um galho com poucas folhas, parecia que ela elaborava um plano para aquela noite, sábia que é, olhava para a parte mais vasta da mata e com o clarão da lua, ficava mais fácil ver o que ela procurava.     O vento era suave, e como se brincasse com as folhas caídas no chão ia carregando as mesmas, até as sombras do claro da lua. Tinha um efeito especial, é como se renascesse as folhas que o vento soprava, os pirilampos faziam um jogo de luzes de cores diferentes, pareciam luminárias de uma árvore de natalina. Na parte mais escura da mata eu via dois olhos vermelhos que possivelmente seria de um cachorro do mato, ou de alguma raposa. Fiquei parado por alguns minutos e eles desapareceram entre as folhagens entre os desenhos feitos pelas sombras, que eram admiráveis a cada movimento que o vento fazia nas folhas, e m