Contos e Encantos
6 de out. de 2024
Contos e Encantos: Lembranças Vivas
Lembranças Vivas
Lembranças vivas de um projeto iniciado em 19/12/2013 com uma postagem sem título, em 20/12/2013 a primeira com o título Solidão.
Contos e Encantos,traz hoje um tema delicado,delicado em ambos sentidos,principalmente de entender e de aceitar.A solidão.ela não é um sentimento, e sim um conjunto de situações principalmente de ordem psicológica.Solidão não é estar só fisicamente,porque em muitas vezes temos muitas pessoas próximas a nós e continuamos tristes,vazios,e sem motivação.
Na realidade,solidão é quando a felicidade se ausenta,quando não temos ou não podemos administrar nosso emocional e deixamos que as emoções superem razões ou sentimentos,cedendo espaço as tristezas,incertezas,imaginações e mais alguns similares que nos deixam tristes e afastados de nossa realidade. Solidão nada mais é do que a distancia entre o eu,e o emocional.Você agora que está lendo esse artigo,pare um pouco,busque em você mesmo um ponto de equilíbrio,e verás,a solidão é o que está escrito.
A escrita contém muitos erros ortográficos, no entanto, a mensagem continua sombria e verdadeira em relação e solidão. Acrescento alguns tópicos que podem definir ainda mais esse enigmático sentimento; A solidão pode ser dolorosa, trazendo sentimentos de tristeza e vazio. No entanto, também pode ser uma oportunidade para introspecção e crescimento pessoal. Muitas vezes, é na solidão que encontramos a força interior e a clareza para entender melhor a nós mesmos e o mundo ao nosso redor.
A solidão pode ser comparada a um deserto, um vasto espaço vazio onde a presença de vida é escassa e o silêncio é profundo. No deserto da solidão, cada passo parece pesado e cada dia, uma eternidade. A aridez do ambiente reflete a secura emocional, onde a falta de conexão humana deixa a alma sedenta por companhia e compreensão.
No entanto, assim como no deserto, a solidão também pode revelar uma beleza oculta. As dunas de areia, moldadas pelo vento, mostram que até na ausência de vida aparente, há movimento e transformação. Da mesma forma, na solidão, podemos encontrar momentos de introspecção e autoconhecimento. É um tempo para refletir sobre nossas vidas, nossos desejos e nossas dores.
Em meio ao vasto deserto da existência, onde o calor escaldante das preocupações e o vento cortante das responsabilidades nos cercam, a solidão surge como um oásis inesperado. Não é um lugar de tristeza ou abandono, mas um refúgio sereno onde a alma pode descansar e se revitalizar.
Neste oásis, a água cristalina da introspecção corre livremente, permitindo-nos ver nosso verdadeiro reflexo sem as distorções do mundo exterior. As palmeiras da tranquilidade oferecem sombra e conforto, enquanto os pássaros da inspiração cantam melodias que só podem ser ouvidas no silêncio. E é exatamente esse silêncio que na maioria das vezes é o nosso grande parceiro.
Manter lembranças vivas e evitar a solidão pode ser um desafio, mas na vida estamos acostumados a enfrentá-los. Encare esses desafios como oportunidades de crescimento e de viver melhor, pois nunca estamos realmente sozinhos.
"O conhecimento é um farol na escuridão"
5 de out. de 2024
Contos e Encantos: Apocalipse Pessoal
Apocalipse Pessoal
O apocalipse pessoal inicia-se com nossas batalhas internas. Assim como nas grandes nações, há uma maior carência de poder do que de conhecimento. Como diz João 8:32: “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.
Guerra e paz simbolizam luz e trevas, aspectos contrastantes que nunca foram nem serão exclusivos. Todos os povos compreendem perfeitamente as diferenças entre ambos. No entanto, a lógica parece ser menos valorizada do que a sensatez, e assim continuamos a alimentar a ignorância do poder excessivo, esquecendo o ensinamento de amar uns aos outros.
Como evitar o apocalipse se não conseguimos amar nem a nós mesmos? A paz que tanto desejamos é possível, mas entre nós e ela está o sacrifício. A maioria, porém, escolhe o sacrifácil, é lógico que é mais simples.
O enigmático Livro do Apocalipse é um alerta sobre o que acontecerá até o fim dos tempos. Existem tantas interpretações quanto profecias que já se realizaram. Em Apocalipse 1:4, lemos: “Que a graça e a paz estejam com vocês, da parte daquele que é, que era e que há de vir, da parte dos sete espíritos que estão diante do seu trono.” Observem: “da parte daquele que era, que é, e que há de vir.”
A paz que faltou aos nossos ancestrais, que falta a nós e às futuras gerações, possivelmente resulta da falta de conhecimento. Entender o que o Criador deseja, aprender e praticar seus ensinamentos, e nos distanciar do nosso ego carente, que muitas vezes, com afirmações exageradas, não apenas julga os outros, mas também questiona crenças, divindades, e até decide quem estará na luz ou nas trevas.
Vamos ser francos, a situação não está fácil para ninguém. Tanto os poderosos quanto os desfavorecidos continuam a reclamar: uns porque querem tudo, outros porque têm quase nada. E assim segue a humanidade, com muitos se esquivando de suas responsabilidades e culpando Deus pelos problemas que ela mesma criou. E assim começa o apocalipse: um mundo desigual e uma criação que não compreende seu criador.
Uns não acreditam no fim, outros proclamam que ele está próximo, e enquanto a dúvida segue, os que tiverem bom censo se reinventem, aprendam a mar ao próximo e procurem a verdade, essa vos libertará da escravidão.
"O conhecimento é um farol na escuridão"
1 de out. de 2024
Contos e Encantos: Guerreiros em Combate
Guerreiros em Combate
Era uma vez, em um reino que celebrava o milésimo ano da construção do primeiro castelo, a rainha anunciou que o guerreiro mais forte seria condecorado com um escudo real. Dois jovens guerreiros se enfrentaram em um duelo às margens de um rio, ladeado por duas montanhas gigantescas. Tão altas eram essas montanhas que, ao olhar para baixo, o rio parecia um fino traço de giz.
Fortes, destemidos e determinados a vencer, os guerreiros iniciaram o combate. As espadas tiniram e brilharam com a intensidade de um raio em uma noite escura. O desejo de vitória parecia superar suas próprias forças, e o ego de cada um desafiava os valores da vida. A luta, que começara à tarde, avançava para a noite.
Um louva-a-deus, pousado no galho de uma árvore, observava a batalha entre os dois guerreiros. Incomodado pelo barulho das espadas, ele saltou entre eles e gritou: “Parem a luta!” Apesar de sua pequena estatura, seu grito paralisou os combatentes. Lentamente, o louva-a-deus começou a crescer até alcançar o tamanho dos guerreiros. Limpando suas garras, ele calmamente perguntou: “Por que estão lutando? Deve haver um motivo especial para arriscarem suas vidas.”
“Competiremos até a morte. Apenas um de nós será condecorado no dia da festa.”
O louva-a-deus balançou a cabeça e comentou: “A festa do castelo de mil anos… A rainha prometeu condecorar os mais fortes, não os mais valentes, muito menos os mais tolos.”
Nenhuma dama será conquistada pela força de uma espada. Pensem em algo diferente, algo que se aproxime da nobreza de um castelo milenar. Sejam distintos dos guerreiros que só conhecem a força bruta. Estarei lá para ver vocês entregando seus poemas. Retornou ao seu tamanho original, saltou para o galho e descansou.
No dia da celebração, muitos guerreiros se apresentaram e compartilharam suas façanhas. Um deles, com uma grande cicatriz no rosto, ofereceu sua espada à rainha e disse: “Minha rainha, esta espada carrega as marcas do meu sangue, provando minha lealdade.”
Os dois guerreiros orientados pelo Louva-a-deus entregaram à rainha dois envelopes. Em seguida, ela mesma leu os poemas para todos os presentes. Em sinal de gratidão, nomeou-os guardiões do palácio, e suas faces seriam esculpidas nas colunas de acesso ao castelo.
Em tempos de guerra, forte e valente são os que sabem amar, os tolos não tem tempo para pensar no próximo, porque não conseguem pensar nem em si mesmos. todos nós temos um espinho na carne, a dor que ele provoca, é fundamental para que sejamos melhores, e, com a consciência de que não somos superiores, precisamos o quanto antes aprender a amar.
"O conhecimento é um farol na escuridão"
28 de set. de 2024
Contos e Encantos: Um Poema ao Tempo
Um Poema ao Tempo
No final da tarde, o sol se põe suavemente, escondendo-se atrás do mar e deixando rastros de saudade com um tom avermelhado sobre as ondas. As gaivotas dançam sobre as águas, às vezes molhando as pontas das asas nas marés. Enquanto as pequenas ondas quebram na praia, um ancião, com um bastão, escreve um poema na areia. Antes que a água ou o vento pudessem apagá-lo, alguém que passava, envolto em um manto de lembranças, conseguiu ler parte do poema.
As últimas estrofes expressava ternura e lealdade, e estava escrito assim; "A beleza de uma orquídea violeta sobre a neve, contrasta com universos escuros onde almas esquecidas se nutrem de esperança. Nem quem as condenou, nem mesmo quem poderá salvá-las, esquecerão os valores de amor e lealdade. O universo de cada um de nós é como a orquídea e a neve, diferentes e contrastantes. A flor, talvez não tenha nascido ali, deixada por alguém que também não à perdeu, representa uma mensagem de lembrança e a certeza de que cada momento de vida é regido pelo destino".
Não podemos fugir das linhas do destino, apenas nos iludimos em pensar que nós mesmos traçamos os nossos caminhos, mas, seja por feitiço ou encanto, o elo entre criador e criação é um segredo infinito, nós e a nossa ancestralidade são correntes forjadas nas oficinas do tempo, e tão contrastante quanto a orquídea violeta e a neve é a nossa dualidade, corpo e espírito em uma busca de paz.
"O conhecimento é um farol na escuridão"
26 de set. de 2024
contos e encantos: A Pedra Encantada
A Pedra Encantada
Enquanto cavava no quintal para plantar uma árvore, um homem precisou molhar o chão devido ao solo seco. Após remover alguns punhados de terra, encontrou uma pequena pedra em forma de pé. Ele a retirou da terra e a lavou até que ficasse bem limpa. Os primeiros raios de sol brilhavam entre as folhas das plantas, e ele colocou a pedrinha na palma da mão, permitindo que o sol a tocasse. Notou que ela era quase transparente. Com o hábito de conversar com animais e plantas, perguntou: “Por onde andaste, pequeno pezinho de pedra?” E, com um gesto carinhoso, a beijou.
Era uma pedra encantada, e o beijo a transformou em minúsculos pedacinhos que caíram a poucos centímetros de seus pés, causando-lhe um grande susto. Em poucos segundos, as partículas se reuniram e formaram uma sombra que se moveu para debaixo de uma goiabeira e disse: “Venho de terras distantes.”
Sem motivo para temer o ocorrido, o homem perguntou: “Quem é você e de onde vem?
Sou um dos muitos espíritos aprisionados, pertencente a um mundo místico onde feitiços e encantamentos são tradições milenares. Fui até colhida pelos Gnomos, que me devolveram à terra. Estive aprisionada por séculos, resultado de um feitiço lançado por clãs rivais em busca de vingança. Por causa de uma disputa de poder, fui transformada em uma pedra quando ainda era criança. O mago disse que apenas um beijo de amor verdadeiro poderia me libertar, mas quem beijaria uma pedrinha tão pequena com amor suficiente para quebrar o feitiço?
Ele então me colocou na palma da mão de minha mãe. E, após milhões de anos, você me libertou. Nossos mundos são distintos; sua civilização não existia quando a minha foi extinta. Pelo que ouvi nos caminhos que percorri, a civilização humana está perdendo suas origens. As crenças, encantos e feitiços hoje são apenas mitos, mas existiu um povo que se guiava pelas estrelas. Mesmo com guerras e rivalidades, havia um código de ética.
Preciso entrar no cosmos e encontrar meus ancestrais, mas antes lhe concedo um desejo.
-Desejo-lhe sorte em seu reencontro.
-Mas o desejo que lhe concedo é para você.
Desejo ajudar a humanidade a encontrar paz de espírito, para que a vida seja plena.
Meu clã lutava por liberdade e igualdade. Um dos mestres dizia que só encontrará a paz quem adquirir sabedoria para cobrir o espelho e ver além do próprio reflexo.
Mas como é possível ver nosso reflexo com um espelho coberto?
Os magos da minha civilização enxergavam com os olhos fechados, guiados pela alma.
Não se envergonhe de conversar com animais, plantas, ou até mesmo com as paredes e os móveis de sua casa. Muitos deles são artefatos vivos e estão lá para ajudar. O amor é o caminho mais curto para alcançar as estrelas, para aqueles que desejam morar lá, é claro.
O homem reverenciou a sombra sob a goiabeira. Quando ergueu a cabeça, viu apenas as folhas caídas sendo levadas pelo vento, talvez uma celebração espiritual pela quebra do feitiço.
"O conhecimento é um farol na escuridão"
22 de set. de 2024
contos e encantos: Verdade Sobre o Assum Preto
Contos e Encantos: Lembranças Vivas
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