O Dragão Faminto representa o desejo insaciável pelo poder uma força ancestral que continua agindo com a mesma ferocidade dos primórdios. Desde as invasões bárbaras, ou talvez muito antes disso, a sede por conquista baseada na força e dominação segue viva. Algumas nações ainda avançam conforme seus próprios interesses, ignorando os estragos que deixam pelo caminho sejam eles sobre potências ou sobre pessoas. Esse dragão não dorme. Ele continua faminto.
Nosso mundo virou secundário. A prioridade passou a ser o mundo dos outros. Muitos de nós deixamos de cuidar do próprio universo interior para tentar administrar realidades alheias, sem qualquer consciência da profundidade ou da gravidade disso. “Se eu fosse você...”uma frase tão repetida que já perdeu o impacto, especialmente para quem vive a dor de ter sua vida invadida. Qual é o tamanho do ego que sustenta essa prática? E até quando esse desejo de controle será visto como algo natural?
Somos constelações únicas. Tentar governar a vida de outra pessoa é um desequilíbrio profundo. Mas por que isso acontece com tanta frequência? A resposta mais próxima da verdade está nos traumas que cada um carrega vastos, silenciosos, e muitas vezes assustadores. Mesmo quando essa invasão acontece de forma involuntária, ela ainda causa danos. Saber que tudo é passageiro pode trazer algum alívio, mas é preciso lembrar: a história permanece. Ela é uma página viva na literatura do universo.
Pensar é um ato revolucionário. Quando finalmente aprendemos a pensar com profundidade, sentimos o peso das dores que causamos aos outros. É possível — e necessário — reciclar nosso próprio lixo emocional, limpar os cantos escuros da alma e permitir que cada pessoa tenha liberdade para conduzir sua própria existência.
O desejo desmedido de ter ou de ser está devorando nossos valores mais essenciais, transformando-nos em um gigantesco dragão faminto. A desigualdade é um monstro silencioso que habita entre nós: poucos acumulam muito, enquanto muitos sobrevivem com quase nada. Explicar essa realidade é um desafio, e mesmo diante de inúmeras teorias, para a maioria continua sendo um mistério doloroso.
Se não podemos mudar o mundo inteiro, que tal começarmos por nós mesmos? Transformar dor em esperança é uma ideia tão antiga quanto as próprias feridas da humanidade. Hoje, o sucesso parece estar em ser diferente então sejamos essa diferença. Respeitemos o universo dos outros, cuidemos do nosso próprio mundo, e deixemos de lado essa obsessão de querer ser o outro. Afinal, o “se” nunca será uma afirmação — é apenas uma sombra do que poderia ter sido.
Se não podemos mudar o mundo inteiro, que tal começarmos por nós mesmos? Transformar dor em esperança é uma ideia tão antiga quanto as próprias feridas da humanidade. Hoje, o sucesso parece estar em ser diferente então sejamos essa diferença. Respeitemos o universo dos outros, cuidemos do nosso próprio mundo, e deixemos de lado essa obsessão de querer ser o outro. Afinal, o “se” nunca será uma afirmação é apenas uma sombra do que poderia ter sido.
"O conhecimento é um farol na escuridão"
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