3 de abr. de 2016

CONTOS E ENCANTOS: UMA PEDRA NO CAMINHO

CONTOS E ENCANTOS: UMA PEDRA NO CAMINHO: Era uma vez, um rapaz que reclama muito porque não tinha sorte, na opinião dele as outras pessoas sempre alcançava os objetivos sem muita...

UMA PEDRA NO CAMINHO

Era uma vez, um rapaz que reclama muito porque não tinha sorte, na opinião dele as outras pessoas sempre alcançava os objetivos sem muita dificuldade mas para ele tudo era quase impossível, e mesmo ouviu alguém falar que o que tiver de ser será.
Ainda estava dormindo, quando bateram em sua porta. Ele foi atender, e era um amigo avisando que estava havendo umas inscrições em uma multinacional, o salário era muito bom e além da ajuda de custo também pagavam a faculdade. E ele perguntou: São quantas vagas? E o rapaz respondeu que uma só, então é a sua, eu não tenho muita sorte, e já que me acordou, vou tomar banho no açude e no dia certo as coisas acontecem.
A caminho do açude esbravejava porque nada dava certo para ele, até uma oportunidade de emprego que surgia tinha de concorrer com outras pessoas. Entrou na água e mergulhou várias vezes e quando já estava de saída viu submersa uma pedra muito brilhante. Pensando que pudesse ser algum objeto de valor mergulhou para pegar. Mas antes de chegar até a pedra agarraram uma de suas pernas, e nadando apavorado conseguiu sair, mas em uma das pernas estava uma linda moça. ele alegrou-se e comentou: Não pensei que sereia existia. E a moça falou, sereias são mais bonitas e de formato diferente parece que nunca leu sobre elas.
E então que é você? Sou quem você vive falando que não existe,  a sorte. Até que emfim estou com sorte e vou pedir tudo que tenho direito.
Eu não sou o gênio para atender pedidos vou lhe dar algumas orientações e depois pare de falar de mim. Na volta para a sua casa vai encontrar uma enorme pedra no caminho, tão grande que será impossível remove-la, mas é preciso seguir e eu estarei por perto.
E no caminho que antes era plano agora existia um rochedo muito alto, o rapaz desacostumado a desafios chamou logo pela sorte e ela prontamente o atendeu. Moço, caminhe ao meu lado e vamos começar a subir ao chegarem na parte mais alta ele viu que a pedra estava dividida e antes de qualquer pergunta a sorte o jogou para baixo.
A poucos metros do chão um pássaro o segurou com enormes garras e com uma velocidade incrível iniciou um passeio. E em todos os lugares ele podia ver a luta das pessoas que queriam vencer na vida. Saindo de casa para o trabalho, do trabalho para colégios e faculdades, algumas enfrentando sol e chuva, coletivos lotados, trânsito lento, stress, poluição sonora, e outras até dormindo de tão cansadas que estavam, mas todas sem reclamar da sorte, convictas de que ela existe e serão recompensadas por todo esforço. Já próximo a casa onde morava, viu o amigo comemorando a vaga do emprego mais um que acreditou e conseguiu.
O pássaro o deixou no açude, a sorte o aguardava e lhe deu a oportunidade de ver a vida de forma diferente, Para conseguirmos nossos objetivos encontraremos muitas pedras em nosso caminho, algumas quebramos, outras removemos, e as maiores, exatamente elas exige de nós uma maior concentração de esforços, mas não será o tamanho das mesmas que nos faça desistir porque depois delas conseguiremos voar, e ver horizontes que  poderemos explorar, e as descobertas que faremos nos trará uma certeza, sempre haverá uma pedra no caminho, mas a sorte não vai abandonar a gente, acredite nela porque ela acredita em nós.

  Maninho.

CONTOS E ENCANTOS: Madrugada fria

CONTOS E ENCANTOS: Madrugada fria:         Madrugada fria, a rua parecia uma cidade fantasma e brisa que soprava varria o chão levando algumas folhas das árvores vizinhas. U...

Madrugada fria

   
   Madrugada fria, a rua parecia uma cidade fantasma e brisa que soprava varria o chão levando algumas folhas das árvores vizinhas. Um barquinho de papel deslizava na correnteza do acostamento e talvez fosse uma mensagem de um casal apaixonado, ou apenas carregava lembranças e sonhos.

     Uma mariposa encantada pelo claro da lua voava lentamente. Começou a chover,  e as sombras que o vento fazia ao balançar as árvores misturavam-se aos reflexos das gotas que caíam nas poças de água deixada pela chuva. Relâmpagos cortam o céu e um raio deixou a pequena rua no escuro, em algum quarto iluminado por uma vela uma moça ler o romance Cem anos de solidão, de Gabriel García Márquez.
    A madrugada fria não permitiu que aquela jovem dormisse, lembranças invadiram seus pensamentos e procurou na leitura de um excelente romance amenizar a angústia que lhe atormentava. Mas não era a única por uma desilusão, na rua um fantasma vagava junto ao frio, e sem saber em qual dimensão estava, procurava seu lar e suas pessoas amadas. tendo como companhia apenas o silêncio e a madrugada fria.
     É difícil entender ou aceitar que mesmo vivendo, em alguns momentos de nossas vidas somos apenas fantasmas errantes em uma procurar incessante. Quanta vezes ficamos invisíveis aos olhos dos que não querem nos ver, ou cegos para não ver quantos momentos maravilhosos a vida nos oferece, e simplesmente ignoramos o brilho do sol, para olhar pela janela a chuva que cai em uma madrugada fria.
     Não estamos sós, e mesmo em dimensões superiores alguém nos procura pela lembrança do convívio e a falta que fazemos, a moça do livro nem está sabendo que do outro lado da janela alguém a procura, mas agora esse encontro já não é nais possível. Tão perto e tão distante, é uma ironia do destino, mas isso acontece com muita gente que no mesmo espaço, sob o mesmo teto e até no mesmo leito ficam de costas, e depois quando chegar a madrugada fria, é que sabemos que éramos felizes.

Maninho.
     

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